quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Negro como a noite

Dizem por ai...

          Que a Morte caminha entre os povos, que a sua escuridão domina os mundos. Dizem, que nós podemos ouvi-la, podemos senti-la, mas jamais poderemos vê-la, a Morte. Pois não existe hora e nem momento que ela escolhe aparecer. Qualquer hora é hora, qualquer lugar é lugar. Porém é na noite que ela se fortalece, é na noite que ela se agita e é na noite que ela transmuta. 
          Dizem que os anjos a evitam, dizem que as coisas vivas fogem. Mas existe o cão negro, que anda pela terra tentando ajudar os desavisados que caminham sem perceber o real perigo que os espreitam. O cão negro, esse adentra a noite com seu aguçado faro, sua visão esplendida e seu latir que ecoa por caminhos escuros, sempre tentando avisar a Morte que ali existe um anjo, negro, mas ainda assim um anjo! 

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